quinta-feira, 21 de março de 2019

Poetas hoteleiros

Esta manhã vi passarinhos
Rumando para o bosque
Próximos de vastos campos.
Má sorte dos interrompidos por caçadores,
Estes caçam-lhes horizonte!

As pradarias, as flores logo acima...
Aqui, longe dos hidrantes
Ou das caixas de correio
Com pássaros de lata
De cima duma árvore no bosque
Concentra-se uma forma singular
Para moldar o mundo!
Os verões são fresquinhos
E o tempo passado vaga sozinho.

Abaixo, logo vejo a cidade
Da forma como queira quem não quer.
E o que têm os que temem o que aspiram
Além do próprio medo de voo?
Inclinados ao degredo.
Uns repetem sem parar
Relutantes palavras que vagam pelo tempo,
E do tempo nada fazem.
Outros se somam como hóspedes
Desfrutando os cômodos
Das nossas poesias.

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